domingo, 14 de junho de 2009

"COISAS DE OLHARES"


A madrugada, uma vez mais, foi cúmplice da nossa noite.
De espírito alucinado e corpo alvoroçado caí nos teus braços de fogo. É nos teus braços que gosto de estar. São os teus olhos que gosto de olhar. Vejo neles um horizonte de lua cheia e um céu carregado de estrelas. Gosto de ouvir a tua voz. Há nela uma doçura que me inquieta...
Ardo na fogueira de um fogo que é meu. Ainda quente do teu corpo, sorriem-me os lábios dormentes, ainda dos teus. Nada se compara ao teu calor que é certo, agora, aqui, em mim.
Estou perdida por Ti e em Ti. Meu doce pecado!
Quero fazer parte deste palco inventado onde, na espera do nada, colecciono cada pedaço de nós, num tempo que é só nosso. Partilhamos sussurros secretos e sorrisos dançantes, num caminho sem destino.
No abrigo da madrugada, soubeste ser o som do meu silêncio, na utopia de uma espera que me aturde.
Quando a manhã abre a porta, sigo a fantasia que a noite me deu e trago em mim os olhos vestidos de marés cheias.
Quero-te. Sempre mais do que ontem. O amanhã existirá quando quisermos.
Deixo-te um beijo. Infinito...

4 comentários:

Concha disse...

Isto é um feliz regresso.
Com uma grande rajada de paixão.
Lindo,adorei.
Ainda bem que eu nunca desisto de visitar os lugares onde gosto de estar.
Beijinhos

MarTIC@ disse...

Obrigada, amiga Concha!
Não tenho tido muito tempo nem vontade de escrever mas o imprevisível acontece e a inspiração volta...
Vai-se lá entender estes destinos...

;)
X@u

Duarte disse...

Bolas! Este texto está mesmo intenso e belo! Congratulo-me por tê-lo lido e por cá ter vindo parar por mero acaso :)

MarTIC@ disse...

Caro Duarte:
Muito obrigada pelas suas palavras. Seja bem-vindo a este meu cantinho.

: )
X@u