Escrever a dor que sinto é chama que se extingue na ausência que me prende.
As lágrimas ausentaram-se de mim. Uma a uma. No rosto, lâminas frias de aço que correm aguadas de cor, pintadas de dor.
Aqui. Agora. Sinto cada um dos gritos (perdidos) no silêncio de mim. Abismo desamparado, estilhaço de um relâmpago de desassossego. Semente abandonada de destinos...
Tenho, na mão, o coração. Apertado. Que chora baixinho, esquartejado por uma lança que me rasga e fere a pele. Por dentro.
Cada passo que dei esvaziou-me o sentir. O corpo cansou-se e a alma perdeu-se no desencanto da cor. Dói. Dói muito não valer a pena!